O cérebro funciona com uma empresa com diferentes departamentos conectados entre si. Existe uma área especifica para linguagem no cérebro. A informação recebida que pode ser tátil, sonora ou visual é recebida na região temporal, processada, entendida e encaminhada para região anterior do cérebro para planejamento da resposta adequada, ou seja, reposta em linguagem coerente pela fala, escrita ou pela expressão corporal num tempo adequado. Parte importante da resposta é a expressão e a intonação da voz. A gramática é fundamental na comunicação escrita para que a resposta tenha sentido em expressar o que se quer falar. A linguagem pode ser avaliada pelo neurologista. O primeiro pre requisito é a fluência na comunicação, ou seja, quantas palavras a pessoa fala por minuto. Em seguida a nomeação de objetos ou outras coisas corriqueiras é avaliada. A capacidade de nomeação é uma das primeiras funções a serem afetadas em algumas doenças neurológicas. Depois, avalia-se a compreensão do paciente a frases ditas a ele. Dessa forma pode-se identificar a localização do cérebro que esta afetada no distúrbio de linguagem. Paciente com lesão na região posterior do cérebro não conseguem entender os estímulos que são dados para ele e lesões na região anterior do cérebro o paciente tem dificuldade de se expressar com lentidão para falar e achar as palavras adequadas. Algumas pessoas podem ter dificuldade natural para nomear pessoas e alguns objetos, porém a curva de esquecimento é bem mais lenta do que pacientes com comprometimento neurológico. Esse esquecimento natural não gera prejuízos na vida social ou no trabalho do paciente. Essas situações "naturais" podem piorar com o stress, falta de sono, ansiedade, depressão (pseudodemencia), climatério, gestação, entre outras causas. Isso é muito comum na sociedade de alto desempenho. Por vezes uma dica ou "pista" evoca ao resgate da informação que esta armazenada em alguma região do cerebro o que pode indicar esquecimento fisiológico dos dados. A insônia ê uma das principais causas de esquecimento e distúrbios de linguagem. Outra patologia muito importante é a apnéia do sono onde não há sono restaurador. Portanto, insônia, depressão, sedentarismo, anemia, surdez, catarata, sifilis, HIV, deficiência de vitamina B12, hipotireoidismo, hidrocefalia, tumor cerebral, hematomas cerebrais, devem ser investigadas num disturbio de linguagem. Todas essas causas podem ser reversíveis nos distúrbios de linguagem. Importante ressaltar que contato social é fundamental para evitar disturbios de linguagem e cognitivos. A perda súbita da capacidade de comunicação com disturbio de linguagem pode estar associada ao derrame cerebral isquêmico ou hemorrágico e deve ser tratado o mais rápido possível, portanto, nesses casos o paciente deve ir ao hospital urgente mesmo que haja melhora dessa condição. As crises convulsivas e enxaquecas também podem causar perda súbita da capacidade de comunicação. A perda gradual, porém precoce, dos distúrbios de linguagem podem estar associadas a deposição de proteínas em diferentes áreas do cerebro que causam afasias primárias progressivas. Uma delas reduz a capacidade de falar com anomia que pode estar associada à doença de Alzheimer com apresentação atípica. Outra variante é a semântica onde o paciente desconhece um objeto (região temporal) que pode estar associada a demência fronto temporal. Esses pacientes podem ter distúrbios de comportamento com desinibição, piadas adequadas, agressividade, apatia. Outra variante é na gramática onde a pessoa que escrevia bem comete erros gramáticos que pode estar associada à afasia primária progressiva. Os exames neurofuncionais (PET FDG) podem identificar redução metabólica em algumas áreas especificas no cerebro que podem estar associados a algumas demências. Os biomarcadores podem ser identificados em exames de imagem na doença de Alzheimer. #afasia #demencia